Fui passear campos fora,
À procura de cultivo:
Encontrei terra que chora,
Por não produzir seu trigo!
Andei mais um bom bocado,
Não vi beleza nem brilho:
Só vi campos com silvado,
Ond'antes havia milho!
Fiquei muito desgostoso
E vim embora tristonho:
Vi um jardim majestoso
Abandonad'em seu sonho!
Nele havia muitas rosas
A exalar seu perfume,
coloridas e briosas
Lembram antigo costume!
Havia botões a abrir,
Oh! beleza perfumada!
Cortar um, queria ir,
Pra trazer à minh'amada.
Mas logo senti a dor
Da mãe rosa destroçada...
Deixei-a! Troux' o odor,
Depois dela ser beijada.
Ficou a rosa a abrir,
A expandir sua beleza!
Não podia destruir
O curso da Natureza.
Modesto
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QUERIDO AMIGO,
ResponderEliminarLINDO!!!!! LINDO O QUE ESCREVES! DEUS TE ABENÇOE SEMPRE!
MARIA JOSÉ
Gostei muito que tivesse aproveitado a sugestão!É gratificante saber que, o que pensamos e dizemos, pode ativar sentimentos e vontades que orientam ou condicionam o nosso interlocutor...e o motivam, até!!!
ResponderEliminarObrigada pela gentileza...que me envaideceu. Senti o perfume da rosa que não colheu...ao ler o seu belo poema!!! O Modesto é indissociável da poesia que escreve e nos deleita!!!