quarta-feira, 20 de setembro de 2017

OCULTANDO A DOR






















Quando me vêem passar, calmo e risonho,
Sem um pesar que me anuvie a fronte,
Pensam que vivo num paraíso de sonho,
Ando perdido na curva do horizonte!...

Até encontrei quem me dissesse um dia:
«Invejo tua vida tão descuidadosa»!
Como s' a vida foss' isenta d' agonia,
Não tivesse espinhos e fosse só rosa!...

Porém, enquanto, desdenhoso e altivo,
Eu vou passando, alegre ou pensativo,
Ou a rir, a rir, como um feliz demente...

O meu pobre coração bate no meu peito
Tão triste, como a agonizar num leito
E cá vou soluçando dolorosamente

Modesto

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