sexta-feira, 29 de setembro de 2017

O MEU ETERNO SONHO

















Há sol, lá fora: seca a poeira
Daquela estrada que não tem fim.
Seria bom, que pla vida inteira,
Este bom sol brilhasse sobre mim!

Mas, aquela estrada não tem beira!
Deserta e bem comprida assim...
Implora-me, à alma, com canseira,
Que mude esta estrada sem fim.

E eu marcho resoluto prá frente...
Cai-me chuva nos ombros, de repente!
E eu apresso mais a caminhada.

Prossigo, assim, o sonho eterno,
Com minha vida quase no inverno,
Sem promessa de vida melhorada!

Modesto

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