sexta-feira, 8 de setembro de 2017

FLORES TRISTES

















Oh! Estão tão tristes as minhas flores,
Aquelas que estão no meu jardim!
Vão murchando e perdendo as cores...
Há tempos que não as via assim!

Já sei: Sentem falta do meu olhar,
Das minhas mãos, da suave carícia,
Das falas que lhes costumava dar,
Dos meus gestos e da minha perícia!

Faz-lhes falta um pouco de carinho,
A minha ternura e a paixão,
Quando devagar, bem devagarinho,
Eu lhes tocava com a minha mão!

Tal como eu, elas sentem-se sós,
Abandonadas e até esquecidas.
Querem ouvir o som da minha voz
E das gargalhadas, antes sentidas.

Este vazio que sinto em mim
Igual ao delas, ao das minhas flores,
Habita, agora, no meu jardim,
Vindo do cansaço, das minhas dores.

Modesto

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