Ao procurar a minha raiz,
Encontrei uma actriz,
De onde brotei na paisagem.
E o tempo fez-se mensagem
Dos anseios que me afligem,
Por ir encontrar horizontes,
Ao procurar as minhas fontes,
Para beber nas origens.
À distância, há paragem
Que contém uma mensagem:
«A tua infância é a estrela guia»!
O meu esforço perseguia
Uma certa estrela...
Era grande a caminhada,
Mas quis fazê-la
E pensei que, à chegada,
Iria vê-la,
Lá... no meu Bisavô.
Mas um entrave brotou,
Já perto do meu Tetravô!
Era um campo aberto,
Com fronteiras imprecisas
E quer ao longe, quer ao perto,
Só descampado... sem divisas...
Apenas encontrei uma cena
Que a história não condena
E a actriz não se apaga.
Meu engenho não chegava
Para desvendar a cena.
Acabei por concluir
Que quem à raiz quer ir,
Olhe para dentro de si:
Fui sempre aquilo que sou!
Decidi: Mais longe não vou,
Paro mesmo por aqui.
Disto, uma coisa ficou:
De igual modo tudo acabou!
E, se o tempo mudou,
A vida não se apagou!
Modesto
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
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