Voo nas nuvens ao encontro do amor,
Levando no coração saudades e dor,
Grande ansiedade em te abraçar
E o desejo de tua boca beijar.
Quero ser objecto da tu' amada paixão
Que revive em mim com tanta emoção...
Decide! Vem acompanhar o meu voar,
Mostra-me as delícias do teu planar!
A voar entre as estrelas estaremos
De mãos dadas, suspirando, nos amaremos
E na Via Láctea vamos festejar.
Seja dia ou noite continuaremos
Perto da lua noss' amor entregaremos
Ao Excelso Sol que nos vai acompanhar.
Modesto
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
terça-feira, 29 de novembro de 2011
CULTIVO ROSAS PARA TI
As rosas do jardim e as do nosso sonho
São as rosas madressilva, as do carinho,
Rosas pra ti cultivadas - e eu suponho,
sejam tapetes que pões no teu caminho.
Rosas a brilhar ao sol, como vida calma,
Mesmo as implacáveis coroas d'espinhos
Que se desagregam em êxtases da alma,
Em ramalhetes de amor e de carinho.
São as invisíveis rosas do meu rosário
que tu colhes, para colocar no armário,
Esquecidas como as nossas desavenças.
São as rosas que brilham nas amenas tardes,
Quando, com o meu amor, tu em amor ardes...
A brisa afaga as rosas, tuas pertenças.
Modesto
São as rosas madressilva, as do carinho,
Rosas pra ti cultivadas - e eu suponho,
sejam tapetes que pões no teu caminho.
Rosas a brilhar ao sol, como vida calma,
Mesmo as implacáveis coroas d'espinhos
Que se desagregam em êxtases da alma,
Em ramalhetes de amor e de carinho.
São as invisíveis rosas do meu rosário
que tu colhes, para colocar no armário,
Esquecidas como as nossas desavenças.
São as rosas que brilham nas amenas tardes,
Quando, com o meu amor, tu em amor ardes...
A brisa afaga as rosas, tuas pertenças.
Modesto
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
HOJE QUERO
Hoje quero que teus desejos
Preencham a história
Da minha alma
E que coincidam com a glória
Da Lua Calma.
Hoje quero que teus beijos
Abarquem a minha vida inteira,
Que teus olhos vejam a sementeira
Da minha sedução.
Hoje quero que teu sorriso
Seja, para mim, uma canção
Que eu, contigo, sonorizo
Com amor e emoção.
Hoje quero que tua mão
Seja a batuta da minha sinfonia
E faça explodir meu coração,
Em êxtases de alegria.
Modesto
Preencham a história
Da minha alma
E que coincidam com a glória
Da Lua Calma.
Hoje quero que teus beijos
Abarquem a minha vida inteira,
Que teus olhos vejam a sementeira
Da minha sedução.
Hoje quero que teu sorriso
Seja, para mim, uma canção
Que eu, contigo, sonorizo
Com amor e emoção.
Hoje quero que tua mão
Seja a batuta da minha sinfonia
E faça explodir meu coração,
Em êxtases de alegria.
Modesto
Lançamento do livro "POEMAS DE AMOR E SENSUALIDADE"
(Publicado no site da Câmara Munucipal de Gondomar)
Link para a notícia:
http://www.cm-gondomar.pt/PageGen.aspx?WMCM_PaginaId=29454¬iciaId=39089&pastaNoticiasReqId=29425
Link para a notícia:
http://www.cm-gondomar.pt/PageGen.aspx?WMCM_PaginaId=29454¬iciaId=39089&pastaNoticiasReqId=29425
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
DESABROCHAR DO AMOR
Foste tu, minha princesa,
A abrir meu coração:
Mantiveste sempr'acesa
A magia da paixão.
Apanhou-m'o tu olhar,
No começo d'adol'scência,
Teu sorris'a dominar
Toda a minh'inocência.
Foste boa inspiração
Dum poema ao luar,
Dizia-t'ao coração:
'Com'é bonito amar!'
Nasceu nossa relação
Pela lua embalada.
Entreguei-t'o coração,
Minha maviosa amada.
S'um dia a chama s'apaga,
Com gota que cai da flor,
Nem com o tempo acaba
O meu eterno amor.
Modesto
A abrir meu coração:
Mantiveste sempr'acesa
A magia da paixão.
Apanhou-m'o tu olhar,
No começo d'adol'scência,
Teu sorris'a dominar
Toda a minh'inocência.
Foste boa inspiração
Dum poema ao luar,
Dizia-t'ao coração:
'Com'é bonito amar!'
Nasceu nossa relação
Pela lua embalada.
Entreguei-t'o coração,
Minha maviosa amada.
S'um dia a chama s'apaga,
Com gota que cai da flor,
Nem com o tempo acaba
O meu eterno amor.
Modesto
terça-feira, 22 de novembro de 2011
JUVENTUDE SOFRIDA
Já fui jovem e com áspero destino,
Bem cedo, senti qu'a vida era dura,
Vivi momentos de alegre aventura
E corri muitas terras, qual peregrino.
Fui, às vezes, sujeito do desatino
Que considerava bom... que pouco dura,
E choro essas horas de sorte escura,
Por deixar, cedo, de ser menino.
Agora, tenho da vida outra visão
Dos sonhos que sonhava noite e dia:
Não me dão saudades, nem consolação.
Recordo que vivi muita alegria,
Mas que nunca a vivi com convicção:
Ninguém imagina o quanto sofria.
Modesto
Bem cedo, senti qu'a vida era dura,
Vivi momentos de alegre aventura
E corri muitas terras, qual peregrino.
Fui, às vezes, sujeito do desatino
Que considerava bom... que pouco dura,
E choro essas horas de sorte escura,
Por deixar, cedo, de ser menino.
Agora, tenho da vida outra visão
Dos sonhos que sonhava noite e dia:
Não me dão saudades, nem consolação.
Recordo que vivi muita alegria,
Mas que nunca a vivi com convicção:
Ninguém imagina o quanto sofria.
Modesto
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
RAÍZES
Ao procurar a minha raiz,
Encontrei uma actriz,
De onde brotei na paisagem.
E o tempo fez-se mensagem
Dos anseios que me afligem,
Por ir encontrar horizontes,
Ao procurar as minhas fontes,
Para beber nas origens.
À distância, há paragem
Que contém uma mensagem:
«A tua infância é a estrela guia»!
O meu esforço perseguia
Uma certa estrela...
Era grande a caminhada,
Mas quis fazê-la
E pensei que, à chegada,
Iria vê-la,
Lá... no meu Bisavô.
Mas um entrave brotou,
Já perto do meu Tetravô!
Era um campo aberto,
Com fronteiras imprecisas
E quer ao longe, quer ao perto,
Só descampado... sem divisas...
Apenas encontrei uma cena
Que a história não condena
E a actriz não se apaga.
Meu engenho não chegava
Para desvendar a cena.
Acabei por concluir
Que quem à raiz quer ir,
Olhe para dentro de si:
Fui sempre aquilo que sou!
Decidi: Mais longe não vou,
Paro mesmo por aqui.
Disto, uma coisa ficou:
De igual modo tudo acabou!
E, se o tempo mudou,
A vida não se apagou!
Modesto
Encontrei uma actriz,
De onde brotei na paisagem.
E o tempo fez-se mensagem
Dos anseios que me afligem,
Por ir encontrar horizontes,
Ao procurar as minhas fontes,
Para beber nas origens.
À distância, há paragem
Que contém uma mensagem:
«A tua infância é a estrela guia»!
O meu esforço perseguia
Uma certa estrela...
Era grande a caminhada,
Mas quis fazê-la
E pensei que, à chegada,
Iria vê-la,
Lá... no meu Bisavô.
Mas um entrave brotou,
Já perto do meu Tetravô!
Era um campo aberto,
Com fronteiras imprecisas
E quer ao longe, quer ao perto,
Só descampado... sem divisas...
Apenas encontrei uma cena
Que a história não condena
E a actriz não se apaga.
Meu engenho não chegava
Para desvendar a cena.
Acabei por concluir
Que quem à raiz quer ir,
Olhe para dentro de si:
Fui sempre aquilo que sou!
Decidi: Mais longe não vou,
Paro mesmo por aqui.
Disto, uma coisa ficou:
De igual modo tudo acabou!
E, se o tempo mudou,
A vida não se apagou!
Modesto
domingo, 20 de novembro de 2011
POEMA AO CORRER DA CANETA
Encontro-te ao vento ameno da Primavera...
Passagem de improviso e fugaz
Que se ouve nos ramos dos pinheiros
E me envolve no teu abraço de paz.
Trazes-me o perfume da minha terra,
Do sol, da paisagem e do Douro,
Do sabor da vida, do nosso miradouro...
Tudo o que a fantasia encerra.
Recordas-me o melancólico voo dos falcões,
Inconscientes das maravilhas do sol-posto,
Do entardecer dos nossos dias folgazões
E do último abraço com gosto.
Como recordo, em pranto,
Aquela partida em silêncio,
Numa ida demorada e sem encanto,
Sem que me dissesses adeus!
Meu olhar perdia-se pela lonjura,
Corria solto ao tempo e ao vento,
Tentando ver-te à janela, por dentro,
Para aliviar a minha amargura,
Repousar os meus olhos nos teus...
Dizer-te o último adeus.
Eu perguntava ao vento
Se sabia de ti...
Logo, uma margarida branca, ali,
Me acenava, serena, e me avisava
Que teu amor por mim não minguava...
E... De pé... Estarias ali!
O fascínio quebrou-se ao toque do sino
E me fez jurar que voltaria,
Apertando no peito a tua fotografia...
Completaríamos o nosso destino.
O nosso mundo era ainda magia
De descoberta da nossa melodia,
Como sonho a despertar ao amanhecer,
Enquanto a fragrância das flores acaricia
E a brisa da manhã afaga o acontecer!
E... Foi tudo como a luz do sol quando amanhece...
Tu esperaste que eu viesse,
Naquela madrugada,
Para que a solidão se desvanecesse,
Na bruma da música sonhada...
Modesto
Passagem de improviso e fugaz
Que se ouve nos ramos dos pinheiros
E me envolve no teu abraço de paz.
Trazes-me o perfume da minha terra,
Do sol, da paisagem e do Douro,
Do sabor da vida, do nosso miradouro...
Tudo o que a fantasia encerra.
Recordas-me o melancólico voo dos falcões,
Inconscientes das maravilhas do sol-posto,
Do entardecer dos nossos dias folgazões
E do último abraço com gosto.
Como recordo, em pranto,
Aquela partida em silêncio,
Numa ida demorada e sem encanto,
Sem que me dissesses adeus!
Meu olhar perdia-se pela lonjura,
Corria solto ao tempo e ao vento,
Tentando ver-te à janela, por dentro,
Para aliviar a minha amargura,
Repousar os meus olhos nos teus...
Dizer-te o último adeus.
Eu perguntava ao vento
Se sabia de ti...
Logo, uma margarida branca, ali,
Me acenava, serena, e me avisava
Que teu amor por mim não minguava...
E... De pé... Estarias ali!
O fascínio quebrou-se ao toque do sino
E me fez jurar que voltaria,
Apertando no peito a tua fotografia...
Completaríamos o nosso destino.
O nosso mundo era ainda magia
De descoberta da nossa melodia,
Como sonho a despertar ao amanhecer,
Enquanto a fragrância das flores acaricia
E a brisa da manhã afaga o acontecer!
E... Foi tudo como a luz do sol quando amanhece...
Tu esperaste que eu viesse,
Naquela madrugada,
Para que a solidão se desvanecesse,
Na bruma da música sonhada...
Modesto
sábado, 19 de novembro de 2011
O VALOR DO SORRISO
Sabes ter do sorriso o valor?
Teu sorriso torna bel'o teu rosto,
Ele é o espelho do teu amor,
A beleza da tarde ao sol-posto.
O sorriso é janela da alma,
Indica o 'stado do coração,
Ilumina e oferece calma...
Com ele alcanças a união.
Sorrindo, produzes a alegria,
Fazes a tua vida melhorar.
Sorrir é expressão que contagia...
É forma da amizade conquistar.
Um sorriso vale por mil palavras.
Ele é a linguagem do amor,
Recompõe as amizades quebradas...
Com um sorriso, vives em fulgor.
Sorrir ajuda a humanidade,
Com'o sol ajud' o abrir da flor,
É agradável e contém bondade,
Cortesia do humano amor.
Modesto
Teu sorriso torna bel'o teu rosto,
Ele é o espelho do teu amor,
A beleza da tarde ao sol-posto.
O sorriso é janela da alma,
Indica o 'stado do coração,
Ilumina e oferece calma...
Com ele alcanças a união.
Sorrindo, produzes a alegria,
Fazes a tua vida melhorar.
Sorrir é expressão que contagia...
É forma da amizade conquistar.
Um sorriso vale por mil palavras.
Ele é a linguagem do amor,
Recompõe as amizades quebradas...
Com um sorriso, vives em fulgor.
Sorrir ajuda a humanidade,
Com'o sol ajud' o abrir da flor,
É agradável e contém bondade,
Cortesia do humano amor.
Modesto
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
VIDA ATRAPALHADA
Louvado seja o meu Senhor,
Por toda a Sua Natureza,
Porque nos criou com grand'amor,
Mostrou-nos toda a Sua Beleza!
Vivemos vida atafulhada,
Com ostentação dos Bens Criados,
Gozamos vida atrapalhada
E fruímos mal dos Bens doados.
E... temos a crise instalada!
O mundo está inabitável.
Levamos vida acomodada:
A fome será inevitável!
Precisamos de purificar
A nossa maneira de viver
E com nossas lágrimas lavar
A nossa alma, o nosso ser.
Modesto
Por toda a Sua Natureza,
Porque nos criou com grand'amor,
Mostrou-nos toda a Sua Beleza!
Vivemos vida atafulhada,
Com ostentação dos Bens Criados,
Gozamos vida atrapalhada
E fruímos mal dos Bens doados.
E... temos a crise instalada!
O mundo está inabitável.
Levamos vida acomodada:
A fome será inevitável!
Precisamos de purificar
A nossa maneira de viver
E com nossas lágrimas lavar
A nossa alma, o nosso ser.
Modesto
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
EU E O TEMPO
O tempo vive dentro de mim.
Nele, vou contemplando o que estou sendo.
Estremece dentro de mim
A força que me vai movendo:
Tempo Imóvel que em mim amadurece
E me torna memória
Que a história esquece,
Deixando meu corpo diáfono.
Sou um nome sem história,
No branco que estabelece
O fluir da existência,
Para o sideral espaço seráfico.
Tempo que não fenece,
Mas que dura na excelência...
Até lá, sonho, ao sol e ao luar,
À espera da minha hora.
E vou pelas nuvens voar,
Cada minuto, cada hora a sonhar,
Até que o tempo me mande embora.
Modesto
Nele, vou contemplando o que estou sendo.
Estremece dentro de mim
A força que me vai movendo:
Tempo Imóvel que em mim amadurece
E me torna memória
Que a história esquece,
Deixando meu corpo diáfono.
Sou um nome sem história,
No branco que estabelece
O fluir da existência,
Para o sideral espaço seráfico.
Tempo que não fenece,
Mas que dura na excelência...
Até lá, sonho, ao sol e ao luar,
À espera da minha hora.
E vou pelas nuvens voar,
Cada minuto, cada hora a sonhar,
Até que o tempo me mande embora.
Modesto
sábado, 12 de novembro de 2011
O SILÊNCIO
O silêncio é sabedoria
Que grita eloquente ao mundo,
Ele é a base da filosofia,
Num murmúrio do amor profundo.
O silêncio é de excelência,
Quando a luz brilha nas noites calmas,
É esperança quando há ausência...
É alarido na dor das almas.
É mais do que a espera no tempo,
Intervém na saudade dum momento...
É a memória que faz crescer.
Ele é o deserto na noite fria,
Mas bálsamo nas marés d'agonia...
É calar quand' há muito pra dizer.
Modesto
Que grita eloquente ao mundo,
Ele é a base da filosofia,
Num murmúrio do amor profundo.
O silêncio é de excelência,
Quando a luz brilha nas noites calmas,
É esperança quando há ausência...
É alarido na dor das almas.
É mais do que a espera no tempo,
Intervém na saudade dum momento...
É a memória que faz crescer.
Ele é o deserto na noite fria,
Mas bálsamo nas marés d'agonia...
É calar quand' há muito pra dizer.
Modesto
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
DIA DE S. MARTINHO
Há muito que eu ouvia,
Isto desde pequenino,
Que havia romaria,
No dia de S.Martinho.
Por todo o lado via,
E recordo com carinho,
Que tod' a gente queria
Provar castanhas e vinho.
Nunca mais me esqueci,
Agora canto baixinho,
Das cantigas que ouvi,
Em dia de S.Martinho.
Tudo isto está gravado,
Dentro do meu coração,
Não quero ver revogado,
Por Decreto, a tradição.
Que alegria que era,
Tod'o povo a caminho,
Prá festa qu'stav'à spera,
No Verão de S.Martinho!
Como é bom viver assim,
Sem da crise termos susto,
Àlegria não tem fim,
À volta dum bom magusto!
Modesto
Isto desde pequenino,
Que havia romaria,
No dia de S.Martinho.
Por todo o lado via,
E recordo com carinho,
Que tod' a gente queria
Provar castanhas e vinho.
Nunca mais me esqueci,
Agora canto baixinho,
Das cantigas que ouvi,
Em dia de S.Martinho.
Tudo isto está gravado,
Dentro do meu coração,
Não quero ver revogado,
Por Decreto, a tradição.
Que alegria que era,
Tod'o povo a caminho,
Prá festa qu'stav'à spera,
No Verão de S.Martinho!
Como é bom viver assim,
Sem da crise termos susto,
Àlegria não tem fim,
À volta dum bom magusto!
Modesto
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
O APRENDIZ DA POESIA
Não rimas, mas atropelas as palavras:
És ainda amant' inexperiente!
Falta-te a música nas tuas lavras,
Pra um poema de rima excelente!
As palavras escondem uma matriz:
Métrica madura, sábia e quente!
Tu úsa-las orvalhadas de raiz,
Mas estropiadas em prosa plangente.
O rimar nada tem de misterioso:
Germina nas regras! É tão saboroso,
Quando são utilizadas com critério!
A poesia ainda te transcende:
Escreves bela prosa que se entende,
Mas poesia, pra ti, é um mistério!
Modesto
És ainda amant' inexperiente!
Falta-te a música nas tuas lavras,
Pra um poema de rima excelente!
As palavras escondem uma matriz:
Métrica madura, sábia e quente!
Tu úsa-las orvalhadas de raiz,
Mas estropiadas em prosa plangente.
O rimar nada tem de misterioso:
Germina nas regras! É tão saboroso,
Quando são utilizadas com critério!
A poesia ainda te transcende:
Escreves bela prosa que se entende,
Mas poesia, pra ti, é um mistério!
Modesto
terça-feira, 8 de novembro de 2011
A CHAMA ACESA
Andei pelos campos em largo passo,
Ao de leve, tocava-m' a ramagem,
Musas, adivinhando meu cansaço,
Declamavam poemas da paisagem.
Penetrei num pomar de largos braços,
Saboreei a frescura d'aragem...
A poesia prendeu-me com laços
Que as musas traziam na bagagem.
Sentei-me à sombra da macieira,
Caiu uma maçã de cor... e fria
Pra saciar a sede passageira
E deliciar-me com poesia.
Nessa tarde, repleta de saudade
Em qu'as musas me chamavam Romeu,
Senti, em mim, grande felicidade:
Lembrei-me que meu amor 'ind'era teu!
Minh'alma que por ti palpita amante,
Esqueceu alegrias do frescor,
Rompeu com o perfume 'stonteante...
Libertei-me d'angústias e dor!
Cheguei... Estavas tu entristecida!
Logo um poema me ocorreu,
Declamei-o na noite colorida,
Co'a lua a segredar-te o amor meu.
Modesto
Ao de leve, tocava-m' a ramagem,
Musas, adivinhando meu cansaço,
Declamavam poemas da paisagem.
Penetrei num pomar de largos braços,
Saboreei a frescura d'aragem...
A poesia prendeu-me com laços
Que as musas traziam na bagagem.
Sentei-me à sombra da macieira,
Caiu uma maçã de cor... e fria
Pra saciar a sede passageira
E deliciar-me com poesia.
Nessa tarde, repleta de saudade
Em qu'as musas me chamavam Romeu,
Senti, em mim, grande felicidade:
Lembrei-me que meu amor 'ind'era teu!
Minh'alma que por ti palpita amante,
Esqueceu alegrias do frescor,
Rompeu com o perfume 'stonteante...
Libertei-me d'angústias e dor!
Cheguei... Estavas tu entristecida!
Logo um poema me ocorreu,
Declamei-o na noite colorida,
Co'a lua a segredar-te o amor meu.
Modesto
domingo, 6 de novembro de 2011
JARDIM FAMILIAR
Cultivo, trato e cuido das plantas.
O jardim é o meu contentamento:
Falo com as flores até às tantas...
As pétalas são meu divertimento.
Emociono-me diante delas,
Fico a contemplá-las longamente.
Mesmo quando doentes, são tão belas!
Vê-las declinar, fico languescente.
O jardim é o meu relaxamento.
Nele coloco a minha atenção
E cuido do seu desenvolvimento,
Pois é a beleza da criação!
É sensibilidade portentosa,
Que adquire grande dimensão:
Trato com carinho a minha rosa
E a família, com coração.
Das flores, colho e dou alegria,
Como elas, sou generosidade...
Coração aberto à fantasia:
A cor do amor e da lealdade.
Deste jardim, nasceram dois rebentos
Que são a graça do nosso amor:
São espontâneos e são atentos!
Como no jardim, sou seu servidor.
Modesto
O jardim é o meu contentamento:
Falo com as flores até às tantas...
As pétalas são meu divertimento.
Emociono-me diante delas,
Fico a contemplá-las longamente.
Mesmo quando doentes, são tão belas!
Vê-las declinar, fico languescente.
O jardim é o meu relaxamento.
Nele coloco a minha atenção
E cuido do seu desenvolvimento,
Pois é a beleza da criação!
É sensibilidade portentosa,
Que adquire grande dimensão:
Trato com carinho a minha rosa
E a família, com coração.
Das flores, colho e dou alegria,
Como elas, sou generosidade...
Coração aberto à fantasia:
A cor do amor e da lealdade.
Deste jardim, nasceram dois rebentos
Que são a graça do nosso amor:
São espontâneos e são atentos!
Como no jardim, sou seu servidor.
Modesto
sábado, 5 de novembro de 2011
AMAR COM DEVOÇÃO
Vamos os dois plos montes,
À procura dum tesouro,
Ver searas, trigo louro,
Sentir frescura nas fontes.
Eu correrei quanto valho,
Limparás o meu suor...
Dou-te um beijo d'amor
E, em ternura, t'agasalho.
À tarde, ao sol poente,
Ao ver a noss'união,
Há-de sorrir tod'a gente!
E, ao crepúsculo, brilha
O amar com devoção:
A fecunda maravilha!
Modesto
À procura dum tesouro,
Ver searas, trigo louro,
Sentir frescura nas fontes.
Eu correrei quanto valho,
Limparás o meu suor...
Dou-te um beijo d'amor
E, em ternura, t'agasalho.
À tarde, ao sol poente,
Ao ver a noss'união,
Há-de sorrir tod'a gente!
E, ao crepúsculo, brilha
O amar com devoção:
A fecunda maravilha!
Modesto
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
AMOR ARDENTE
Na noite estrelada, ouço o teu canto,
Fico ansioso plo teu suor quente.
Tu sabes que te amo loucamente,
Ao beijar-te, é êxtase teu encanto!
É doce ser afagado nos teus braços,
Descobrir um ao outro em liberdade
E contar sempr' um ao outro a verdade
Da nossa forma de ser, dos nossos traços!
Descubro o bem que tem o teu regaço,
Faz-me voar plo etéreo espaço
E, nos teus lábios, sint' amor ardente!
Logo pela manhã, quando me levanto,
Segredo-te ao ouvido meu espanto:
São ecos dum poema eloquente!
Modesto
Fico ansioso plo teu suor quente.
Tu sabes que te amo loucamente,
Ao beijar-te, é êxtase teu encanto!
É doce ser afagado nos teus braços,
Descobrir um ao outro em liberdade
E contar sempr' um ao outro a verdade
Da nossa forma de ser, dos nossos traços!
Descubro o bem que tem o teu regaço,
Faz-me voar plo etéreo espaço
E, nos teus lábios, sint' amor ardente!
Logo pela manhã, quando me levanto,
Segredo-te ao ouvido meu espanto:
São ecos dum poema eloquente!
Modesto
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
DIA DE FINADOS
Já não existe silêncio nas ruas,
Onde se expandem as débeis vaidades.
Poucos s'importam e vão pelas cidades,
Pensando no lucro com palavras nuas.
O tempo foge, a vida é urgência...
Fala-se da morte como coisa alada...
Tem-se de tudo... Não se leva nada!
Mas sente-s'o eco de uma ausência!
Há um silêncio qu'arrepia a pele:
Acabar num caixão? É um desatino!
Mas faz-nos pensar e pra lá nos impele!
Quem não acredita, um impulso vence-o,
Vê abrir-se a porta do seu destino:
A do Campo Santo, onde há silêncio!
Modesto
Onde se expandem as débeis vaidades.
Poucos s'importam e vão pelas cidades,
Pensando no lucro com palavras nuas.
O tempo foge, a vida é urgência...
Fala-se da morte como coisa alada...
Tem-se de tudo... Não se leva nada!
Mas sente-s'o eco de uma ausência!
Há um silêncio qu'arrepia a pele:
Acabar num caixão? É um desatino!
Mas faz-nos pensar e pra lá nos impele!
Quem não acredita, um impulso vence-o,
Vê abrir-se a porta do seu destino:
A do Campo Santo, onde há silêncio!
Modesto
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HORA DAS TRINDADES
A noite está a cair sobre as flores. O céu cheio de Deus e harmonia! Silêncio! Eu rezo ao fim do dia. Voz do crepúsculo exala cores. Névoas...
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Dá-me, Senhor, a alma simples, pura Para Te amar e para Te servir; Que o meu olhar vestido de candura Na luz do sol Te possa descobrir. Dá-...
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Quando cheio de gosto e alegria, Este campo avisto florescente, Então vem-me uma lágrima ardente Com mais ânsia, mais dor, mais aginia. Aqu...
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