Meu coração, na incerta adolescência,
Delirava com os raios matinais,
Num prelúdio de alegre inocência,
Ao som dos melros cantores e pardais.
Meu coração, depois, pela vida fora,
Ia colhendo amores e paisagens.
Viveu tempos de lasciva demora,
Em volúpia, à sombra das ramagens.
Meu coração, hoje, em ânsia arde,
Em inquietações, na amena tarde,
Lembra com saudade em luta e... erra!
E mantém, afinal, os mesmos clamores
Dos montes, dos campos e das belas flores,
Recordando tud'o que amou, na terra!
Modesto
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
AO RITMO MONÓTOMO DA MÓ
Pôs-se o sol. Já a Ísis, vestida De luz plena, estes montes prateia. E a ribeira que de água vai cheia, A embalar-me, abstrai-me da vida. P...
-
Contigo, meu Senhor, a minha vida Tem um pouco de luz celestial, Contigo, os meus espinhos da partida São rosas perfumadas no final. Contig...
-
A Ti venho, Senhor, esperançado Em receber a Tua doce calma: Tenho o meu roseiral todo mudado Neste espinheiro que me fere a alma. Aceita, ...
-
Partida em noite de Janeiro frio Gelou-me o coração, gelou-me todo. "Novos Lírios de Maio" - último apodo Da nossa lira, mortos n...
Sem comentários:
Enviar um comentário