Trabalhava o meu campo
E bordeei-o de lírios!
Meu orgulho era tanto
Que entrava em delírios!
Um dia, por brincadeira,
(A vida tinha fulgor!)
Plantei nel'uma roseira
Que dava rosas d'amor!
Ela tão linda estava,
Com o vermelho das rosas!
Tocando-lhe... me picava!
Cumpria a missão, briosa:
Defendia o qu'era seu!
Duma ros'eu precisava...
Bem lhe dizia: "sou eu!"
Mas ela mais me picava!
Até qu'um dia me deu
Uma flor bem amarela:
- Isso não pode ser teu!
Confirmou: não era dela!
Tirei-lh'as ervas daninhas
E ela não me picou!
Fiz em volta buraquinhas...
D'aroma m'inebriou!
Aprendi, nessa lição:
Respeitar a Natureza,
A vida com coração
Tem sempre muita beleza!
Modesto
domingo, 18 de setembro de 2011
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
LIRISMO CREPUSCULAR
Nos ramos a pardalada já chilreia Pelos bosques já quase adormecidos, Ao fundo canta o moinho da aldeia Com sussurro plangente e seus gemid...
-
Contigo, meu Senhor, a minha vida Tem um pouco de luz celestial, Contigo, os meus espinhos da partida São rosas perfumadas no final. Contig...
-
Partida em noite de Janeiro frio Gelou-me o coração, gelou-me todo. "Novos Lírios de Maio" - último apodo Da nossa lira, mortos n...
-
A Ti venho, Senhor, esperançado Em receber a Tua doce calma: Tenho o meu roseiral todo mudado Neste espinheiro que me fere a alma. Aceita, ...
Sem comentários:
Enviar um comentário