domingo, 3 de novembro de 2019

JUNTO AO TÚMULO


















Eis o descanso eterno, doce abrigo
Das almas boas e da Terra despegadas!
Este repouso é mesmo sono amigo:
Veio tirá-las das vidas amarguradas.

Amarguras da Terra! E eu bem o digo!
Fostes embora pra sempre, almas amadas!
Daí do Céu, olhai por mim - eu vos bendigo -
Ó almas da minha alma, abençoadas!

Quando eu for daqui, ó meu Anjo da Guarda,
Ou quando vier a morte que já não tarda,
Guiai-me ao Bom Porto -  ao Eterno Cais.

Sem pranto, escrevei sobre a minha lousa:
"Acabaram-lhe as mágoas! - No céu repousa,
Quem muito aqui sofreu e amou bem mais".

Modesto

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