quarta-feira, 18 de abril de 2018

POEMA MODERNO II
















A lua quer-me falar
Vou lá para fora escutar...
Passos silenciosos sussurram sobre a neve,
Numa penumbra esbranquiçada...
É a alvura da noite
Enquanto a lua iluminar
O céu pejado de estrelas
Que lançam raios solares,
Como confeitos sobre as cabeças tristes.
São páginas brancas
Que poderão ser escritas com tinta de lágrimas douradas,
Que só o céu consegue ler
E derramar neste mundo incerto.
A incerteza caminha neste ribeiro da vida,
Peregrinando sobre o deserto sem fim
E tatua a sua areia na pele do transeunte
Humilde que se aceita como é.
Mas o olhar fulminante do humilde
É nascente de água fresca
Que brota para dessedentar
Os manso de coração :
Diamantes que o Oleiro salpica com seu barro
E aparece a obra de arte mais bela que o sol
Sobre a lua, num eclipse sem fim.
Mas há uma estrela infindável
Que ilumina as partículas da noite.
E será um dia de santa poesia de paz e amor.

Modesto

Sem comentários:

Enviar um comentário

AO RITMO MONÓTOMO DA MÓ

 Pôs-se o sol. Já a Ísis, vestida De luz plena, estes montes prateia. E a ribeira que de água vai cheia, A embalar-me, abstrai-me da vida. P...