segunda-feira, 30 de abril de 2018
EM TEMPO DE PÁSCOA
Eu queria ver um mundo diferente
Que fosse lealdade, honestidade
E o homem fosse sempre coerente
Pra existir verdadeira amizade.
Eu queria ver as crianças brincando,
Que usassem todas o seu altruísmo
E a todos os idosos respeitando...
Que não houvesse o triste egoísmo!
Dizem-me que tenho sonho de quimera:
Mas Jesus ressuscitou - eis a verdade!
Eu não posso cruzar braços à espera
Qu' outros tornem Seu sonho realidade...
Na Ressurreição, milhares O seguiram
Prá verdadeira Igreja existir.
No coração, o Seu sonho perseguiram:
O sonho de Cristo vai sempr' existir!
Modesto
sábado, 28 de abril de 2018
A DÚVIDA DE S. TOMÉ
Disseram que viram o Senhor...
Ah! Como eu queria crer!
Mas 'inda sofro a forte dor
De vê-Lo ali tanto sofrer...
Não pode ser; é um pesadelo!
Não podia morrer! Não podia!...
Ouço o golpe seco do martelo...
O zumbido que se fazia...
Eu vi-O morrer! Sim, eu O vi!
Mas ainda Te amo, Senhor!
Eu vi-Te morrer! Certo que vi!
O tempo não m' apaga a dor...
Que é isto? - «Paz seja convosco!»
- É o meu Senhor! O que morreu!...
Vejo Suas mãos, lado e rosto!
É o meu Deus! «Senhor meu, Deus meu!»
Modesto
quinta-feira, 26 de abril de 2018
ONDE ESTÁ A FELICIDADE?
Onde há felicidade?
Pra tê-la, como se faz?
Que caminho, que verdade
Nos enche d' amor e paz?
Há quem diga qu' é feliz,
Qu' aliment' a paz na terra...
Como vive é que diz:
Não à fome, não à guerra!
Com poder, riqueza, fama?
Na paixão com que se ama?
Felicidade, então?!
No saber? Na fé? Porém...
Não! 'Stá no fazer o bem
Sem querer retribuição!
Modesto
quarta-feira, 25 de abril de 2018
UMA FAMÍLIA UNIDA
Belo lar harmónico e tranquilo:
É um ninho de luz e de esperanças!
Os nosso corações sentem um asilo,
Como abelhas iriadas e brandas.
E há nesse lar uma enorme crença
E tanto amor puríssimo, cantando,
Numa majestosa catedral imensa
Que brilha, num lago, ao sol faiscando.
Esse lar nunca está desamparado:
Nele vive um pássaro adorado,
Como pássaro ideal no seu ninho.
Lá, ouve-se sempre música sonora,
Pássaro cantando no ninho. Agora,
Há educação para seguir caminho!
Modesto
segunda-feira, 23 de abril de 2018
O MEU PEQUENO JARDIM
Não podia viver sem o meu jardim,
Um pedacinho do mundo entre flores,
Que me fazem esquecer, até de mim
E de alguns hipotéticos amores...
Agora, a grande perda compreendo
Ao serem os dois expulsos do primeiro,
Prum fruto proibido estar comendo,
Mesmo que fosse um fruto corriqueiro...
Mas reconheço que Deus foi generoso,
Até nos deu um jardim mais portentoso,
Salvo pelo suor e a dor do parto.
Mas o lote que me coube, nest' exílio,
Com um jardineiro chamado auxílio,
É um pequeno universo bem farto!
Modesto
domingo, 22 de abril de 2018
JARDIM SEM FLOR
Na véspera da maturidade,
Um grande amor
Aparece como fruta verde
Não colhida.
É um presente
Em fantasia resplandecente...
Ele bem a via!
O menino do mundo,
Julgando ser senhor,
Com múltiplos erros,
A vida o servia...
Do alvorecer, vem o dia!
Como das antigas manhãs
Nunca amanhecidas
E não vividas
Nem exprimidas...
Sempre escondido
Por detrás do sol,
Em nuvens escuras,
Sem orientação
Nem dores da expiação...
E pergunta, então:
Porquê agora,
Quando vem a aurora,
Ferir-me o coração?
Sua saliva não tem sabor...
O tempo chegou
E ele não notou
Que estava num jardim secreto
Ainda sem flor!
Modesto
sexta-feira, 20 de abril de 2018
O RIBEIRO DE SANDE
Frescas são as águas do meu ribeiro,
Por entre terras férteis s' alimentam,
Correm suavemente ao soalheiro,
Sem saberem o quanto nos sustentam!
Mansas águas vindas de Montedeiras,
Minha linda Serra, Mãe muit' amada!
És riqueza que a todos prendeias,
Sempre , nos meus versos, serás candada!
Boas águas - são como um tesouro -
Vosso destino, sabemos qu' é o Douro,
Na bela Foz, onde desaguarão!
Oh! Água do ribeiro de Sande!
Quando vos vejo, m´aquece o sangue,
Pra dar alento ao meu coração!
Modesto
quinta-feira, 19 de abril de 2018
CORRUPÇÃO
Passa um corrupto por mim. Como sorrir?
Como saudá-lo ao sol, num dia assim,
Como hei-de saber se vais haver provir
E poderei parar para pensar em mim?
Sabemos que há corrupção: Se se fingir
Que ninguém viu nada - mas viu-se sim e sim!
Alguns dirão sim porque não sabem mentir...
Mas nossa vida corre perigo, assim!
Na minha grande ou imensa pequenez,
Assaltam-me tantas perguntas que talvez
Também os outros fazem no dia a dia.
Vejo o meu País num denso nevoeiro!
E, se nada vir, vejo o mundo inteiro
Mergulhar em pobreza e na agonia!
Modesto
quarta-feira, 18 de abril de 2018
POEMA MODERNO II
A lua quer-me falar
Vou lá para fora escutar...
Passos silenciosos sussurram sobre a neve,
Numa penumbra esbranquiçada...
É a alvura da noite
Enquanto a lua iluminar
O céu pejado de estrelas
Que lançam raios solares,
Como confeitos sobre as cabeças tristes.
São páginas brancas
Que poderão ser escritas com tinta de lágrimas douradas,
Que só o céu consegue ler
E derramar neste mundo incerto.
A incerteza caminha neste ribeiro da vida,
Peregrinando sobre o deserto sem fim
E tatua a sua areia na pele do transeunte
Humilde que se aceita como é.
Mas o olhar fulminante do humilde
É nascente de água fresca
Que brota para dessedentar
Os manso de coração :
Diamantes que o Oleiro salpica com seu barro
E aparece a obra de arte mais bela que o sol
Sobre a lua, num eclipse sem fim.
Mas há uma estrela infindável
Que ilumina as partículas da noite.
E será um dia de santa poesia de paz e amor.
Modesto
terça-feira, 17 de abril de 2018
PRIMAVERA COLORIDA
É tão doce e colorida a Primavera,
Com suas flores suaves e delicadas
Que deixam boa frescura na atmosfera
E que exalam essências perfumadas!
Que magia é esta qu' agora impera?
Há pássaros mais alegres nas alvoradas!
E, num belo quadro que a gente venera,
Temos caminhos com florinhas encantadas!
Nós sabemos que é de Deus a concepção
De, não só no ar mas também no coração,
O exalar do amor na primeira flor.
Vai fazendo da vida a renovação,
Deixando vida leve par' haver paixão,
Semeando beleza e dando amor.
Modesto
NUVENS NEGRAS SEM LUZ
Que aperto no meu peito!
Agonia - versos presos...
É um sonho imperfeito,
Lacuna entre desejos.
Saudades envelhecidas,
Neste verso rabiscado.
Primaver' entristecida,
Hoje outono - mal-grado!
Lembro incensos d' agrados,
Até me fizeram fados
Dum soneto perdição...
D' alma triste, abatida,
Como pétala ferida,
Com 'spinho no coração...
Modesto
domingo, 15 de abril de 2018
TEMPOS DE DIAS NÃO
Hoje acordei triste: É dia não!
Sem ânimo ou desejo de lutar...
D' alma parada, imers' em solidão...
Passam as horas, sem nada desejar!
Há um 'spinho qualquer no coração:
Sinto-o e não o sei localizar.
Sem saber se ainda vivo ou não,
Deixo-me andar, enquanto respirar.
Um tempo nulo, tão cinzento e baço
Que nem quero saber quem sou, o que faço,
Se tenho 'inda algo a produzir...
Sou como sombra vaga, indefinida,
Qu' arrasta as horas vivas duma vida,
Sentindo o grande peso d' existir...
Modesto
quarta-feira, 11 de abril de 2018
BELOS TEMPOS
Na minha juventude, antes de ter saído
De casa de maus pais, pronto a viajar,
Das páginas dos livros qu' eu já tinha lido,
Eu conhecia já o rebentar do mar...
Era o mês de Abril e tudo florido!
Ao nascer das manhãs, já tudo circulava:
Era como se tivesse acontecido
O cantar do galo a todos acordava...
Tudo isto se passava num' outra vida
E havia prás coisas sempr' uma saída!
Tudo era belo, como não sei dizer...
Só sei que tinha o poder d' uma criança:
Entr' as coisas e eu havia vizinhança!
Tudo era possível, bastava querer...
Modesto
terça-feira, 10 de abril de 2018
QUEM SOU EU?
Quem sou eu? Quem foi qu' assim me fez?
São perguntas que faço, aprofundo.
Sem resposta dada aos meus porquês,
Quanto mais insisto, mais m' afundo!
Compar' em objectiva lucidez
O Universo comigo... Confundo!
Pouco mais sou, na minha pequenez,
Qu' uma arei' a rolar no mar profundo!
Sou dual: Barro dos caminhos,
Alma: Fluido imortal, dom, troféu!
Morte, vida no mesm' estremecer.
Sou enigma - nem sábios, adivinhos
Decifram, se pergunto: Quem sou eu?!...
E eu cismo... Só Deus me faz saber!
Modesto
segunda-feira, 9 de abril de 2018
VIVER PARA CRISTO
Tendo por base o Senhor,
Minha casa chega ao céu.
A Sua paz, o Seu Amor
São sempre um grande troféu!
Fiel a Deus e Sua Casa
E n'Ele andando com fé,
Seguirei sob a Sua Asa
E sempre estarei de pé.
Que eu seja sempre assim,
Buscando a Deus agradar
Como as flores de jasmim,
Vivendo para O amar.
Com Ele quero alcançar
A sonhada felicidade.
Se a Cristo me agarrar,
Alcanço a eternidade.
Modesto
sábado, 7 de abril de 2018
EU QUERIA SABER...
Que não sou deste mundo, há muito sei.
Incógnita - são os sítios donde vim...
Que heroísmos ou crimes pratiquei,
Porque 'stou neste corpo e sou assim?!
Muitos passos errados, talvez eu dei...
Não fui nenhum Arcanjo ou Serafim!...
O que sou? Para que sou? - Não decifrei!...
Resta-me imaginar... Penso assim:
Ignoro tudo o quanto fui e vi!
Sei que aqui cheguei e estou aqui...
Mas não sei com que fim ou com que missão.
Sou o infinito, o inacabado,
O sempre destruído e renovado,
Com alma igual e novo coração.
Modesto
quarta-feira, 4 de abril de 2018
SONHO DE PRIMAVERA
Com um ruído na janela, acordei.
Era a brisa que me vinha visitar.
Vi a lua... Apercebi-me que sonhei
E fiquei, com o meu sonho, a recordar.
Logo cedo, pela manhã, me levantei
E, fui ao meu jardim, belas flores colher.
Arranjei um ramo e por ti esperei
E bem alegre fiquei ao ver-te descer.
As horas passaram e eu nem as notei,
Pois, em pensamento, fiquei a vaguear...
Logo pela manhã cedo me levantei
E, fui ao meu jardim, belas flores apanhar.
Modesto
segunda-feira, 2 de abril de 2018
BENDITO SOL DE ESPLENDOR
Vida, lembranças e contentamento
Que se tornam intenso Sol da vida!
Lembro as palhas do Teu Nascimento,
O vigor da história da vida.
Recordo o amor que Te fez nascer
Pra ser majestoso sol de encanto,
Arca que guarda Teu Divino Ser,
Me mostra sentimento alvo, santo!
Vivo Tua presença d' harmonia,
Encantado na viva alegria
Do grande sol que me fazes brilhar.
Bendito o Amor do Teu Amor
Que Te Ressuscitou em esplendor...
Bendit' a perfeição do Teu amar!
Modesto
domingo, 1 de abril de 2018
RESSUSCITOU, ALELUIA!
Jesus Cristo, nosso sublime Redentor,
Celebramos, hoje, Tua Ressurreição,
Abençoados pelo Teu Santo Amor,
Com o coração radiante d' emoção!
Louvado sejas, ó Senhor da Humildade,
Omnipotente caridade e perfeição,
Dest' a vida pra salvar a Humanidade,
Honrando o Pai em gloriosa Missão!
Ressuscitaste, Jesus, Nosso Redentor!
Faz renascer nos corações o Teu Amor,
Para que a Tua Paz venha a reinar.
E tem piedade de quem não Te conhece,
Porque o Teu Nome é a mais linda prece
Que devemos amar, honrar, glorificar!
Modesto
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HORA DAS TRINDADES
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