quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018
QUARTA-FEIRA DE CINZAS
É muita a esperança que me sobra!
Sei qu' a cinza me reduzo, pó domina.
Quand' ouço o toque do sino que dobra,
Ele dá-me força, chama e m' anima.
Jejuei sempre na vida com vontade
De ser vela infunad' ao vent' acesa.
Se morre a chama débil qu' em mim arde,
Só me sobram as cinzas sobre a mesa!
Sou pó da terra e com mal às mãos cheias,
Bem tingido com o sangue destas veias,
Como o sangue que jorra dos martírios.
Sou tão pouco e em cinzas ficarei...
Espalhem-mas pelos rios que cantei,
Ponham-m' uma rosa num ramo de lírios....
Modesto
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