terça-feira, 11 de janeiro de 2011

POESIA E CIÊNCIA

«A essência do poema é o olhar bagabundo. Só este é que é possibilidade infinita» (Gabriela Rocha Martins)
A tradução da memória é a chave da poesia. O poeta procura recriar aquilo que o afecta e o mundo que o rodeia. Depois tranmite para o papel as mensagens que estão muito para além do que ele escreve.
Tanto a ciência como a poesia procuram explicações do cosmos. A grandeza da poesia revela-se no invisível que o poeta tenta demonstrar.
Na forma, a ciência é diferente da poesia. Mas, no abstracto, a ciência é igual à poesia. Esta dualidade é um diálogo entre ciência e poesia que lhes confere uma dinâmica entre alteridade e temporalidade.
«A ciência é um saber cumulativo. A poesia é um saber único».  Esta é a conclusão de um painel dedicado à poesia e ciência, na Univresidade do Porto.
A poesia é também uma arte: Está ligada à música, à ciência e à história. As vivências e emoções do poeta resultam de estímulos.E estes estão em consoância com as circunstâncias temporais, interligadas com as vivências científicas, porque ambas almeijam o sonho da conquista duma verdade.
Como não há realidade sem fundamento místico e ontológico, consegue-se uma dinâmica contrutiva entre o individual, o singular e o universal. Daí nascem as perguntas:
 - Como apareceu o mundo? (Criacionismo e ou evolucionismo).
 - O que é o homem?
 - Qual o sentido a dar à existência?
 - O que é a procura da verdade?
A individualidade é a causa do silêncio do mundo. Mas quando o individual procura a verdade, é a razão da consciência a traduzir-se na procura da felicidade.
São inúmeros e bastos os laços que unem o universo da ciência e da poesia! Todos eles nos revelam conhecimento e sentir, numa convergência harmónica. As impressões interiores revelam diferentes reflexos do mesmo espelho: As realidades próprias, a percepção individual do mundo, a complacência, a alteridade, a linguagem, a imagética, os saltos quânticos... Mas a particularidade e a voluptuosidade só podem ser percepcionadas e descritas na poesia.
Quem, como o poeta, sabe dar ao seu estro uma ênfase mais consentânea com a magestade indispensável do que sente e pensa e exaltar, com veemência e grandiloquência, o que expressa nos seus versos?
A poesia é um toque de lirismo que se entremeia com um toque de dramatismo. O poeta canta a Natureza, a Humanidade, o Amor... Numa palavra: A Vida! Só cantando, será possível sorver, pela via espiritual, a essência vivificante e a seiva pura do apreço pela Alteridade e Temporalidade.

Sem comentários:

Enviar um comentário

VONTADE DE TE BEIJAR

 Estava no meu quarto A pensar na minha vida... A minha vida sem ti,  Minha querida, percebi O valor do meu amor, Do meu amor por ti. É a ti...