sexta-feira, 27 de setembro de 2019

OS ROUXINÓIS


















No meu jardim, num cedro em qu' a frescura
e a flor da novidade vêm brotando,
Alegres rouxinóis, entr' a verdura.
Poisam muitas vezes, em ditoso bando.

Quando lá vou, tristíssimo, à procura
De sossego, de luz... de quando em quando,
Num doce idílio de paz segura,
Sinto-os vir poisar,  ouço-os cantando.

E, desditoso, lembro com saudade,
Esse flóreo jardim da mocidade
Que era também meu íntimo vigor.

Último brilho do meu peito ardente
Cantava a minh' alma alegremente,
Como, no cedro, os rouxinóis, o amor.

Modesto

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