quarta-feira, 2 de setembro de 2020

POESIA DE ONTEM



Voltei a ler-te, minha luz calmante,
Corcel alado que não tens parança,
Tu que foste tod' a minha esperança,
Hoje vagueias plo País, distante.

Noiva formosa de Camões e Dante,
Ninguém agora teu favor alcança;
Mas o teu rosto de gentil criança
Não tem carcomas de senil bacante.

Bela moça a 'xtravasar fragrâncias,
D' olhos afeitos a medir distâncias,
De lábios rubros com' o sol de Julho:

Voltei a ler-te, poesia d' ontem.
Por mais pedras qu' ao teu rosto apontem,
De ser tão linda, podes ter orgulho...

Modesto

 

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