terça-feira, 8 de setembro de 2020

ESPERANÇAS RURAIS



Naquela tarde de calor ardente

Fui-me sentar na margem do meu Rio;

As águas deslizavam mansamente

No leito largo, tépido, macio.


Um momento após, adormecia.

Anda sempre comigo um sono falho 

Que de noite não dorme, mas de dia

Até parece um gato no borralho.


Tiv' um sonho! Depois vi apeirias

Eram arados, jugos e cambões,

Ancinhos e sacholas, velharias...

Correndo Rio abaixo aos encontrões.


De repente, acordei sobressaltado.

Olhei aquelas veigas em redor.

Fiquei contente: Tinha-me acordado

O trabalhar ruidoso dum tractor.


Modesto


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