sexta-feira, 26 de abril de 2019
SER FORTE
Eu olho de frente o rosto da desgraça
E não me curvo aos embates da sorte.
Eu enfrento a tempestade que passa,
A tremer, sorrindo aos ventos do norte.
Caio! Mas levanto-me com braço forte,
Sem desmentir minhas tradições da raça.
Atiro-me, sem medo, ao que é torpe,
Envolvendo-me na rígida couraça.
Posso até ficar cansado... exangue,
Rebentar o peito, dele sair sangue,
Mas cubro-me com fio duro de puna.
Todos os dias peço a Deus clemência,
Levo a vida com muita paciência...
Também nunca corro atrás da fortuna.
Modesto
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