sábado, 27 de abril de 2019

AMOR E SAUDADE



















Ardentes sonhos, o ecoar da lira,
Todos querem o qu' o nobr' amor procura:
Um vasto céu, uma luz que não se vira,
A luz da aurora na casta alvura.

Bem-vindo quem gosta do toque da lira,
Mas não dum poeta que versos rasura.
Quem vê sua grande solidão, suspira!
Mas pensará na alegria futura?

O amor nem só de glória se descreve,
Como a nuvem que passa ao de leve...
Alma que ama, saudade compreende.

Eu, porém não me engano nem falseio
Uma saudade que me corta a meio:
Tenho do amor um cuidado que prende.

Modesto

Sem comentários:

Enviar um comentário

LIRISMO CREPUSCULAR

 Nos ramos a pardalada já chilreia Pelos bosques já quase adormecidos, Ao fundo canta o moinho da aldeia Com sussurro plangente e seus gemid...