quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

DESCANSO DUM SONHADOR

















A cabeça pendida docemente
Em sonhos do sonhador inquieto:
É o sonho o seu bordão clemente
E repousa num descanso discreto.

Cego, nesta prisão impenitente
Da terra, no seu profundo afecto
- o seu guia divino refulgente -
O sonho é o seu bordão secreto.

Repousa sem ter a paz que espera
Pra lh' adormecer toda a quimera,
Esses ciclos fatais do seu inverno.

Calma aparente, (estranha calma!)
Seu repouso é sempre febre d' alma...
Descansar, não seja sonho eterno!

Modesto

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