segunda-feira, 11 de dezembro de 2017
AQUI MOROU MEU REI
Aqui morou um rei quando, menino,
Vestia um castanho algodão.
A pedra da sorte do meu destino
Pulsava junto ao meu coração.
Pra mim, o seu cantar era divino,
Ao som da viola e violão,
Cantava, com voz clara, meu destino:
Tristezas, risos e consolação!
Mas meu pai morreu! Desde esse dia
Eu vi, como cego sem o seu guia,
Que foi para o céu transfigurado!
Sua foto queima - sou sua presa,
Ele m' impele, qual vela acesa,
A cantar a vida em tom sagrado.
Modesto
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