Oh, deixa-me, Poesia, vai-te embora!
Eu quero descansar, dormir... morrer,
Nas profundezas frias do meu ser
Não surgirá jamais réstia de aurora!
No meu peito cansado já não mora
O amigo - doce gosto de viver:
Alguém me semeou lá um mal-me-quer
E matou-me a alegria, nessa hora!
Não me perguntes, não, quem lá plantou
Aquela flor do mal que me roubou
Do coração feliz toda a alegria.
Respeita-me o silêncio e a grande dor
De quem suplica o último favor:
Afasta-te e não voltes, Poesia!
Modesto
Sem comentários:
Enviar um comentário