domingo, 15 de outubro de 2023

VAI-TE EMBORA!

 Oh, deixa-me, Poesia, vai-te embora!
Eu quero descansar, dormir... morrer,
Nas profundezas frias do meu ser 
Não surgirá jamais réstia de aurora!

No meu peito cansado já não mora
O amigo - doce gosto de viver:
Alguém me semeou lá um mal-me-quer
E matou-me a alegria, nessa hora!

Não me perguntes, não, quem lá plantou
Aquela flor do mal que me roubou
Do coração feliz toda a alegria.

Respeita-me o silêncio e a grande dor
De quem suplica o último favor:
Afasta-te e não voltes, Poesia!

Modesto

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