Deixa-me só, mais uma vez te peço.
Sentado à sombra com meu olhar triste.
Não te aflijas: quanto em ti existe
Só pode causar em mim maior sucesso.
Em mim, só o silêncio faz progresso...
Ave sem ninho, a dor é meu alpiste;
Mas por certo no meu rosto jamais viste
Sinal de sofrimento nele impresso.
Casado com a dor, vivo radiante;
Adoro o meu silêncio repousante,
Nem mesmo o rouxinol ouvir quisera...
Deixa-me só ao pé da mesa triste.
Embora a dor avance, espada em riste.
No meu Outono há sempre Primavera!
Modesto
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