quarta-feira, 4 de outubro de 2023

OUTONO PRIMAVERIL

 Deixa-me só, mais uma vez te peço.
Sentado à sombra com meu olhar triste.
Não te aflijas: quanto em ti existe
Só pode causar em mim maior sucesso.

Em mim, só o silêncio faz progresso...
Ave sem ninho, a dor é meu alpiste;
Mas por certo no meu rosto jamais viste
Sinal de sofrimento nele impresso.

Casado com a dor, vivo radiante;
Adoro o meu silêncio repousante,
Nem mesmo o rouxinol ouvir quisera...

Deixa-me só ao pé da mesa triste.
Embora a dor avance, espada em riste.
No meu Outono há sempre Primavera!

Modesto

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Dentre um cortejo de harpas e alaúdes, Ó Arcanjo sereno, Arcanjo níveo, Baixas-Te à terra, ao mundanal convívio... Pois que a terra Te ajude...