sábado, 23 de julho de 2022

FOGO DE ARTIFÍCIO

 Fogo de artifício... Poeira iluminada!
Ramalhete de flores , irreais, reluzentes
Suspensas no espaço... Tão belas e trementes
Que apetece apanhar, guardar na mão fechada.

Quais pedras finas, soltas dum colar de fada
Nas mãos de anjos travessos, loiros, inocentes
Jogadas ao berlinde com 'strelas cadentes
Que riscam de corrida o céu da madrugada.

Fogo de artifício... Magia deslumbrante!
Sementes de ilusão num globo mal-parido,
Onde sonhar passou de moda e de sentido.

Talvez antevisão dum mundo flamejante,
Fictício e oco, que se acaba em espirais
De fumo, decepção, vazio... E nada mais.

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