Com a lâmpada do sonho desço aflito
E subo aos mundos mais imponderáveis
Da alma o profundo e soluçado grito,
Vou abafando as queixas imponderáveis.
Sinto, em redor, nos astros inefáveis
Ânsias, desejos... tudo fogo escrito.
Cavo nas fundas eras insondáveis:
O cavador do trágico infinito.
Quanto mais pelo infinito se cava,
Mais o infinito se transforma em lava
E eu, cavador, me perco nas distâncias.
Alto levanto a lâmpada do sonho
E como seu vulto pálido e tristonho,
Cavo os abismos das eternas ânsias!
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