È muito tarde para não te amar.
Tudo o que ouço é sopro do teu nome.
O que sinto é teu corpo, que consome
-Presente, ausente- o meu corpo. Luar
Em que me abraso, morro: O teu olhar
Ofusca as memórias, onde some
Um mundo e outro se ergue. Sede, fome
E esperança, ah! para não te amar
É tão tarde que tudo já é distância,
Que só respiro este luar que me arde,
Este sopro sem praias do teu nome,
Esta pedra em que pulsa e medra a ânsia
E esta aura, em fim, que me envolve ( é tarde)
O que és - presente, ausente- e me consome.
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