Hei-de fazer-me igual a muita gente
Que goza a vida à toa e sem problemas,
Que ri sempre de tudo alarvemente,
Que não sofre d' amor nem faz poemas.
Eu hei-de ser banal, inconsequente
calcar aos pés compromissos e algemas...
Talvez que assim me vejam como gente
E percam d'arrogância os seus emblemas.
Eu hei-de rir, ser fútil e vaidoso,
Ser mesquinho, intriguista e caprichoso
E dar-me à vida, ao prazer e ao luxo.
Ser cabeça de vento, que não presta!
E usufruir da vida que me resta
O sabor e o saber ser um bruxo.
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