Ó noite sem luar!
Donde vens? Aonde vais?
Não tentes, ao passar,
Nutrir-me de teus ais.
Não ouses nesta solidão
Verter a tua escuridão.
Passa, passa de largo,
Não me tornes amargo
O caminho em que vivo.
Nem me toques no sol; tenho-o cativo
E nele me regalo.
A ti nunca o darei
- Não sabes estimá-lo.
E, além disso, eu sei
Que o sol é o teu veneno.
Se ele surgir, não há galeno
Que te livre da morte.
Morrer de sol... Que triste sorte...
Modesto.
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