quarta-feira, 30 de maio de 2018
SONETO COM RIMA E MÉTRICA
Por favor, ri ao ler este soneto
Não às gargalhadas, mas com educação!
Ele é bomba, fogo no gaveto,
Pois já queima desde a concepção!
Lê com bom tom, comigo faz dueto,
Afina a voz, dá-lh' entoação!
É rara a rima deste quarteto,
Dá-lh' o teu brilho na declamação!
Põe-no na retina do olho calmo.
Lê-o bem - como se fosse um Salmo,
Lê com desvelo, por questão de ética.
Não sou poeta igual a Pessoa...
Não sou um rei com a sua coroa...
Mas fiz soneto com rima e métrica!
Modesto
domingo, 27 de maio de 2018
POEMA PARA HOJE
Quer' uma brisa de paz
E corações desarmados,
As mentes sem munições,
Silêncios aclarados
E sublimes emoções,
Ou carinhos, tanto faz.
Quero chuva de estrelas,
Sol e tálamo d' amor.
Quero tudo a fluir
Em erupções de calor,
Tudo pra onde há-d' ir,
Junto com flores - sim - belas!
Quem tiver, conserv' o zelo,
Para saber quanto vale,
No frio da madrugada
- Valor de jóia banal -
Vamos com quem não tem nada
Ou, com amor, pode tê-lo!
Modesto
sábado, 26 de maio de 2018
TENHO A POESIA
Pego na caneta e no caderno
E tenho na alma inspiração.
Se lá fora o mundo é inferno,
Aqui vivo com letra e canção.
Sou poeta: tenho sol no Inverno
E chama acesa no coração,
Vivo o amor num sonho eterno...
A poesia não morre, então!
Sim, não 'stou só: Tenho a poesia,
A vivacidade me acompanha,
Vive comigo emoção estranha...
Ela se compraz na doid' ironia:
Faz-me rir ou o pranto me apanha,
Canta minha dor de forma estranha!
Modesto
quinta-feira, 24 de maio de 2018
ESTOU EM MARÉ BAIXA
Ando em maré baixa... Todos os rochedos
Me ferem e esfacelam fibras d' alma!
Talvez por ousadia ou por medos
Sou arrastado à toa... Perco a calma!
Tento entender porque razões ou medos...
Mas, sem amor, ninguém me leva a palma!
Escoa-s' a esperança entre os dedos,
Vão-me esmorecendo as forças d' alma...
Sou escolho no mar ou folha morta?
Seja tudo o que for, já não m' importa!
Vou à mercê dos tufões e vendavais...
Se teimo em não ir, tudo revolteia!
Eu só preciso romper esta cadeia
E esfumar-me no ar, pra nunca mais!
Modesto
terça-feira, 22 de maio de 2018
NA VIDA...
Na vida, temos de despir o ser
E levar a alma plo universo,
Sem querer viver com o verbo ter
Porque, por bem, nascemos noutro berço.
Na vida, interrogamos as coisas,
Esperando qu' o vento dê respostas.
Percorremos os caminhos das poisas,
Mas, lá levamos o peso às costas!
Na vida, temos noites, temos dias
E sonhamos a realização.
Às vezes, chegamos aos meios- dias
'Inda reflectimos noutra 'stação...
Na vida, há Primavera, Verão,
Isto, nas memórias da infância!
Mas crescemos... outros dias virão
Que da Natureza, só fragrância!
E, na vida, vivemos sem pensar...
Desce o Outono ao nosso ser!
Caem as horas, sem as observar...
Só agora, aprendemos a ler!...
Modesto
domingo, 20 de maio de 2018
AMAR É DÁDIVA DE SI MESMO
Amar é dar-se e com alegria,
Sentir o que é belo e tem cor.
Amar é despertar em cada dia
Num mundo colorido de amor.
Enquanto dura e não se resfria,
Amar é ter vida no seu melhor.
É força que s' eleva, se recria...
É grito desvairado sem pavor.
Quem ama com amor, entrega tudo,
Pois é macio como o veludo,
Brilha como chama incandescente.
Quem ama sem amor, nem o sol brilha,
Pois amar é sempre uma partilha:
Assim foi e será eternamente.
Modesto
sábado, 19 de maio de 2018
NASCER DO SOL NA SERRA
O sol na serra,
Quanta beleza encerra...
É o maior espectáculo da terra!
Apreciar o nascer do sol
E deleitar-se com o arrebol,
Ninguém consegue resistir
Sem deixar uma lágrima cair...
Surge o sol no horizonte,
É inspiração, é fonte
Do belo da Natureza:
Percorre os recortes da serra,
Ilumina montes, vales e regatos,
Embeleza as quedas d' água...
Tira da alma a mágoa!
A luz vai ocupando espaço,
Enlaçando o mundo num abraço
E faz nossa alma deslumbrar
Com o seu refulgente brilhar!
É assim o nascer do sol na serra:
Quanta beleza encerra!
Modesto
quarta-feira, 16 de maio de 2018
O MILHAFRE ENTRE MONTANHAS
Entre duas montanhas, no azul profundo,
Sulcando espaço, observando a terra,
Vai voando e procurando o seu mundo
O milhafre que vai duma a outra serra.
Na esteira sem fim da tão azul esfera,
Ei-lo embalado na amplidão dos ares,
Vencendo a nuvem que ante si s' erguera,
Fitando o abismo profundo, quais mares!
Voa, eleva-s' em busca do infinito,
Como o despertar de um estranho mito:
Que o milhafre tem humana consciência...
Cheio de luz no cintilar do belo astro,
Deixa ficar na fulgência do seu rasto,
A trajectória d' augusta sapiência.
Modesto
terça-feira, 15 de maio de 2018
MINHA ALDEIA E SEU RIBEIRO
Aldeia qu'rida, manancial de frescura,
Oh!São tantos os encantos do teu ribeiro!
Desvanece-se minha forte amargura,
Na água corrente contínua... Ligeiro.
Ó belo ribeiro, afago de ternura!
Em ti me diverti, salutar brincadeira.
Como te recordo, na custosa lonjura,
Foste e és fonte da beleza primeira!
Venho visitar-te, com a minha saudade.
Vim ver correr tuas águas em liberdade
E encher de encanto o meu coração!
Aqui venho fixar imagens a preceito,
Encantado com pedras lisas do teu leito
E que são, para mim, terna recordação!
Modesto
domingo, 13 de maio de 2018
DIA DA ASCENSÃO
Oh! Vai sair o Sol da minha rua!
Estrela da tarde..., deixas-m' a sós!
Intensa Luz qu' era a minha Lua...
Vou sentir saudades da Tua voz!...
Flor que bem cuidaste do meu jardim,
Apuraste bem o meu sentimento!
Rosa de Maio, és tudo pra mim,
Tábua de salvação, meu talento...
Tua Ascensão deixou na minh' alma
Rio de águas mansas, minha calma,
Altar onde meu 'spírito demora.
Olhaste com candura qu' enternece,
Jovial, penetrante... Não s' esquece...
A cada momento, mais se adora!
Modesto
quinta-feira, 10 de maio de 2018
POR ACASO, É UM POEMA
Sem imaginação
Ando agora!
Atiço a inspiração
Mas ela demora!
Já não sei pensar em algo
Que faça rima...
Só quero acertar no alvo,
Com escrita por cima.
Não acho bom o assunto
Pra organizar um verso,
Mesmo se sei que no mundo
Há mil assuntos diversos...
Mas... que coisa chata:
Não consigo imaginar!
E isso quase me mata,
Pois não consigo pensar...
Mas... esperem um momento:
Mesmo não tendo um tema,
Se às frases 'stou atento,
Afinal... Fiz um poema!
Modesto
quarta-feira, 9 de maio de 2018
POEMA DE AMOR E RIMAS
Poesias de amor bem rimadas,
Rimas que não sei onde encontrei.
Falam de noites e de madrugadas,
De quanto sofri e quanto chorei.
Foram feitas para eu mesmo ler,
Escritas para o tempo passar.
Poesias pra nunca esquecer,
Rimas contadas pra sempre lembrar.
Não tive tempo para as compor,
Fora de horas para escrever...
Lembranças de momentos de amor,
Momentos d' alegria e sofrer.
Fico com coração preocupado
Com as coisas que ele diz e sente.
Até o meu peito está curvado,
Num espírito 'stranho e carente!
Perdoa, flor morena inocente:
Clareia esperança dos mortais...
S' um dia minh' alma infantilmente
Sonhou suspirar por pétalas tais!...
Sou apenas eu, pobre rimador
Que, com rimas, tristezas torna belas!
Sou apenas eu, pobre infeliz,
Que se deixou amar plo amor delas!...
Modesto
sexta-feira, 4 de maio de 2018
CORPO CANSADO, ALMA DESPERTA
Não quero ir já par' a eternidade.
Repouso um pouco, repouso enquanto
Posso sentir ideal serenidade
E enxugar as lágrimas do meu pranto.
Graças ao consolo da tranquilidade
Dum céu carinhoso, perfumad' encanto,
Sem tédio senil, vã perplexidade,
Que sara o corpo sem nenhum espanto.
Vivo assim, entr' estrelas desoladas...
Com alma desperta, dores fatigadas
E vou recordando a vida tranquila.
Descanso como em celestes miragens,
Gozo as estrelas e belas paisagens,
Esqueço as dores que são só argila.
Modesto
quinta-feira, 3 de maio de 2018
BELEZAS DE PRIMAVERA
Veio delicada e perfumada,
Salpicada com as suas mil cores,
A Primavera linda, enfeitada,
Trazendo consigo as suas flores.
Com paisagem verde modificada,
Os jardins ficaram mais sedutores.
Já se ouve cantar a passarada,
Os pequenos e alegres cantores.
Destaca-se entre as Estações
Por espalhar as boas vibrações
Que nos oferece a Natureza.
E nós vamos ficando à espera
Que a sua força venha bem fera
Pra nos mostrar tod' a sua beleza.
Modesto
terça-feira, 1 de maio de 2018
HOJE A MANHÃ ME SORRI
Hoje, a manhã me sorri
E sinto toda a força do mundo!
Recordo as coisas que já vivi,
Sinto-me leve, bem- estar profundo!
Há esp'rança, respiro alegria!
'Stá sol! Mas não importa se chover.
Voo nas nuvens da melancolia
E nada, nada me fará sofrer!
Antes de morrer, tenho que viver...
Neste belo dia, vou renascer,
Sonho colorido... a flutuar!
Bebo amor, sinto felicidade,
Com o espírito em liberdade...
Hoje é dia em que vou voar!
Modesto
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