
Sou uma alma desnudada nestes versos,
Alma fria, angustiada e só,
Que vai deixando seus poemas dispersos...
Alma, qu'ao que parece, ninguém tem dó.
Ainda sou um lírio ou violeta,
Num penhasco, numa selva, numa onda...
Alma que como o vento se inquieta
E levanta voo como uma pomba...
Alma que ainda está na Primavera!
E, no Outono, cultiva suas rosas...
Vive em campo aberto e, por vezes, dança.
Se vêm as tristezas, chama a criança qu'era.
Vai para o jardim ver as mariposas
E, no seu jardim, retoma a esperança.
Modesto