Mãe, eis-me aqui
Novamente ao pé de ti!
Já andei um bom bocado do caminho!
Passei dias e noites fora do ninho:
Dias de alvoradas luminosas,
De manhãs de primavera,
De tardes de arrebol!
Dias brilhantes... Oh! Quem me dera
Ver novamente aquele sol!
Foram dias de luz, de claridade...
Dias alegres ao sol nascente,
Com meios-dias de mocidade
E tardes de amor ardente!
Dias risonhos
Com suave canto dos passarinhos,
Dias de sonhos
A cheirar a rosmaninho!
Passei noites tristes, saudosas,
Noites de lutas, incertezas,
Tremendas, tenebrosas,
De volúpias e fraquezas!
Noites escuras e sem ninguém:
Parecia que tudo de mim fugia!
Não ouvi a tua voz, Mãe!
E assim... aflito, medroso: Não via ninguém...
Parece que tudo de mim ria!
Voltei! E que alegria no coração!
Não sei exprimir tão grande consolação.
Mãe, mil vezes grande, bela, honrosa,
Como és boa, generosa!
Eis-me aqui
Novamente ao pé de ti!
Hoje, aqui...
Queria ficar ao pé de ti.
Mas... Não posso parar!
A vida continua
E há muito para andar
E eu vou continuar...
Mãe, se me vires triste na rua,
Vem-me auxiliar:
Segura minha mão quando eu voltar.
Modesto
quarta-feira, 4 de maio de 2011
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