Devagar que 'inda agora era Setembro
De areias tocadas de sol e vento!...
Desse odor a mar, ainda me lembro,
Vem Outubro tão calmo e ternurento...
Caminha misterioso e dourado,
Deixando no ar a melancolia;
O seu passo envolvente e pausado
Escreve em mim mais amor, mais poesia.
Doce Outubro, vindimas e colheitas,
Entre os homens patrões contas são feitas:
Quem bem semeia, bastante há-de colher.
Em tela orvalhado de beleza
Com mil cores vai pintando a Natureza
E meu peito num doce enternecer!
Modesto