Se me aparto de Ti, Deus da bondade,
Que ausência tão cruel! Como é possível
Que me leve a um abismo tão terrível
O pendor infeliz da humanidade?!
Conforta-me, Senhor, que esta saudade
Me despedaça o coração sensível!
Se a Teus Olhos, na Cruz, sou desprezível,
Não olhes para a minha iniquidade!
À suave esperança me entregaste,
E o preço do Teu Sangue Precioso
Me afiança que não me abandonaste.
Se justo castigar-me Te é forçoso,
Lembra-Te que Te amei e me criaste
Para habitar contigo o Céu lustroso!
Modesto
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