- Não sei quem mora no meu peito inquieto,
Forjando, noite e dia, o meu tormento.
É fogo que requeima, violento,
Lembrando carne ao lume num espeto!
No coração me crava, duro aleto,
Tenazes que mo cortam, verruguento;
E quanto mais eu grito e me impaciento,
Mais este abutre esgrime, irrequieto.
- Eu sei, amigo, eu sei a causa toda
Do mal que há tanto tempo te incomoda
E fez de ti nauseabundo absorto...
Se mo permites, dir-te-ei o nome
Do mal que assim te rói e te consome:
Verme ou abutre, chama-se... REMORSO!
Modesto
Sem comentários:
Enviar um comentário