Aqui, no vale escuro da montanha,
Eu me encontro, a carpir o meu destino...
Nuvens não querem ir, nem luz me banha,
Nem vejo qualquer riso purpurino.
No cimo da montanha já vivi,
Quando tinha o calor da mocidade.
E para ela, aos poucos, eu subi
E a alma lá enchi de imensidade.
A vida é como um rio que começa
Numa cantante fonte cristalina,
E no seu deslizar leva a promessa
De encontrar uma foz quase divina.
Agora, o sol da vida está morrendo
Aos poucos, neste vale escuro e triste;
Mas o sonho da luz ainda existe,
E espero que no vale irá crescendo.
Modesto
Sem comentários:
Enviar um comentário