Chegou a meia-noite. Vem cansada
Da longa caminhada que fizera,
Das vinte e quatro horas que tivera
De percorrer em marcha acelerada.
Sofreu a frigidez da madrugada,
Das três da tarde a calmaria austera;
Incrível que pareça, não pudera
Furtar-se aos raios duma trovoada.
Chorou ao ver os pobres pobrezinhos
Calcorrearem ínvios caminhos,
Buscando qualquer coisa de comer...
Chegou a meia-noite cansadinha.
No seu escuro rosto se adivinha
Que quer ver o dia a renascer...
Modesto
Sem comentários:
Enviar um comentário