terça-feira, 25 de julho de 2023

À SOMBRA DO CHOUPO

 Perguntas se o meu choupo já morreu,
Aquele choupo sobranceiro ao rio
Que tantas vezes no nosso estio
De sua fresca sombra nos cobriu.

Esteve à morte, sim, mas resistiu
O meu esbelto choupo prestadio,
Nascido ali por entre o penedio
Que o rio com suas cheias pôs ao léu.

Está mais alto agora e mais viçoso
E na linha do rio remansoso,
Banhando longa imagem, se recreia.

Quando voltar o rubro mês de Agosto,
Nós dois iremos, muito a nosso gosto,
Gozar-lhe a sombra, sobre a branca areia.

Modesto

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