Perguntas se o meu choupo já morreu,
Aquele choupo sobranceiro ao rio
Que tantas vezes no nosso estio
De sua fresca sombra nos cobriu.
Esteve à morte, sim, mas resistiu
O meu esbelto choupo prestadio,
Nascido ali por entre o penedio
Que o rio com suas cheias pôs ao léu.
Está mais alto agora e mais viçoso
E na linha do rio remansoso,
Banhando longa imagem, se recreia.
Quando voltar o rubro mês de Agosto,
Nós dois iremos, muito a nosso gosto,
Gozar-lhe a sombra, sobre a branca areia.
Modesto
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