terça-feira, 20 de junho de 2023

MEU BARCO VERDE

 Meu barco verde lá se vai garboso
Nos braços fortes do bravio mar.
A rir dos ventos, lento, a baloiçar,
É dos meus barcos sempre o mais teimoso.

De noite e de dia nunca tem repouso.
Longe da praia, nem lá quer voltar.
As tempestades gosta de enfrentar,
Só no vence-las é que sente gozo.

Meu barco verde, meu petiz gigante,
Sem leme e remos, sem arrais possante,
Nunca te perdes nos vaivéns das ondas.

E eu vou contigo, no teu seio brando,
Alegre e calmo - e nem pergunto quando
Voltas à praia que de longe rondas...

Modesto

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