Minha raiz humana estava presa
Aos avós, aos pais e aos irmãos;
Às festas, ao redor daquela mesa,
Onde se uniam corações e mãos.
Havia um amor quase divino,
Entre as jarras humanas desse lar;
Prenda de anos, sorriso purpurino,
Pois nele se sentia o verbo amar.
Mas o arbusto cresceu e o sol da vida
Foi aquecer depois outras paragens...
E a árvore do lar foi carcomida
E morreram as infantis imagens.
E o inverno do amor fez-se sentir,
O tempo corrosivo assim o quis;
E a seiva da família com raiz,
Secou e nunca mais pôde subir.
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