Se um dia me quiserdes conhecer,
E penetrar na minha humanidade,
Como foi, neste mundo, o meu viver,
Lede os meus versos feitos com verdade.
Vereis que tive escuridão e luz,
Primaveras, canções e fantasias,
Outonos sem colheitas, mas orgias,
Invernos com a sombra da cruz.
Tive estradas e sendas perfumadas,
Algares e barrancos abissais,
Muitas noites escuras e estreladas,
Virtudes e pecados capitais.
E, nos versos que fiz e vos deixei,
Descobrireis meu coração inteiro:
Com eles, eu chorei e me alegrei,
Choro e riso de um homem verdadeiro.
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