Ser árvore, raiz bem presa no chão,
Tronco nodoso, lindo, negro e forte,
Braços erguidos, como em oração
À força ignota que lhe dá suporte.
Como um deus invencível e pagão
Ligado à terra e sem receio à morte,
Dá sombra igual ao santo e ao vilão,
Até que um dia o lenhador a corte.
Ser árvore, destino singular!
Resistente ao mistral e à nortada,
Erecta no zénite e no nadir...
Se eu tivesse o poder de te igualar!
Nos Invernos, de neve amortalhada
E em cada Primavera reflorir...
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