Noite escura que ficas entre dias
Como o vale, entre montes, apertado,
Não me contes histórias tão sombrias,
Pois tenho o coração amargurado.
Porém, ó noite, também ofereces
O riso das estrelas luminosas;
No silêncio noturno também teces
Os crepes perfumados dumas rosas.
De noite, o Deus Menino, em ti nasceu
E uma estrela esse Bem anunciou;
E, de noite, o Senhor ressuscitou
Para, dias depois, subir ao céu.
Ó noite, minha terna e doce irmã:
Afasta desta alma a solidão!
Que nesta vida, sejas essa manhã,
Sem poentes e sem escuridão.
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