quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

E O VERBO FEZ-SE CARNE

 Das janelas da casa Nazarena,
Por entre vicejante trepadeira,
Um ninho temporão de escrevideira
Lobrigaram os dois, em tarde amena.

E, seus olhos, ao ver tão linda cena
- A mãe que aos filhos traz, alvissareira,
Alimentos colhidos na ribeira - 
Encheram-se de luz ultraterrena.

E viram uns olhitos de Criança
Que hão-de inundar de bem-aventurança
O ninho ora acabado de fundar.

Seus corações ficaram como em brasa
E julgaram ouvir por toda a casa
Vagidos dum Amor que há-de chegar.

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