Quando a angústia me apoquenta
E dói e fere como duro espinho,
Deixando tudo, vou-me de caminho
Aos pés da Virgem, sempre Mãe atenta.
Naquela tarde triste, friorenta,
Ave cansada demandando um ninho,
Lá fui, terço na mão, sempre sozinho,
Rezar à Virgem de labéu isenta.
Falei, desabafei, disse-Lhe tudo:
Narrei-Lhe a minha vida por miúdo,
Nada ficou, nadinha, por contar...
E vai Ela, sorrindo, com meiguice,
Ao meu coração triste apenas disse:
- O Céu na Terra não te posso dar!...
Modesto
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