Às vezes é assim: Quero escrever,
Comunicar a alguém um pensamento,
Mas sinto-me vazio num firmamento
De estrelas mortas, sem luar sequer.
E é nessas horas turvas do não-ser,
Quando me tolda o véu do ' squecimento,
Quando mais se apura o sentimento
Da presença duma Luz no meu viver.
Quando tudo me foge e a Luz s' apaga,
Doce eflúvio de amor em alta vaga
Tod' o meu ser inunda, inconsumptivo.
E o coração feliz vai diligente
Dizer a tod' o mundo, a tod' a gente
Qu' é preciso morrer para estar vivo.
Modesto
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