Vou à procura dessa melodia
Qu' ouvi outrora, no meu lindo berço:
Quem a cantou, talvez, tem a alegria
Da cantar ao Senhor do Universo
A vida deve ser, desde a partida,
Uma canção perene de ternura:
E quando nossa dor é mais sentida,
Deve brotar da nossa alma pura.
Há canções na ramagem da floresta,
Há música no lar que tem crianças,
Há pífaros e liras numa festa
Que tem presente límpidas lembranças.
Mas há guitarras nas mãos da juventude,
E cavaquinhos entre mãos rugosas,
Cantam almas cercadas de virtude
E donzelas bonitas com' as rosas.
E tu que vens já desde a aurora,
Levando alguma luz e 'scuridão,
Põe o teu piano cá para fora,
Entoa para nós uma canção.
Modesto
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