Nada há que me domine e que me vença
Quando minh'alma mudamente acorda...
Ela rebenta em flor, ela transborda
Nos alvoroços da emoção imensa.
Sou como um réu de celestial sentença,
Condensado do Amor, que se recorda
Do Amor que sempre no silêncio borda
D' estrelas todo o Céu em que erra e pensa.
Claros, meus olhos tornam-se mais claros
E tudo vejo dos encantos raros
E de outras mais serenas madrugadas!
Todas as flores que procuro e chamo
Ouço-as dentro de mim, porque as amo
Na minh'alma volteando arrebatadas!
Modesto
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