O tempo que passe, vendo-me ficar
No lugar em que estou, a sentir a vida
Nascer em mim, mas sempre desconhecida
De mim, que a procurei sem a encontrar.
Passem os anos, tempos... que o passar
É ficar sempre, mesmo se é esquecida
A dor de ao vento ver-me na descida
Para a morte sem fim que me quer tragar.
Que eu mesmo, sendo humano, também passe...
Mas que não morra nunca este momento
Em que eu me fiz de amor e de aventura.
Fez-me a vida, talvez, pra que amasse.
E eu fi-la, entre sonho e pensamento,
Trazendo a aurora prà noite escura.
Modesto
Belíssimo poema. Um grande abraço à Modesto.
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