O vento faz contorno nos pinheiros
E entra entre os galhos sem quebrá-los;
Espantam-se os bichos sorrateiros,
Corre bravio um bando de cavalos...
As flores retorcem-se nos canteiros,
Qual asas brancas voam nos seus talos;
Nos vales levantam-se nevoeiros,
O vento a outras plagas vai levá-los...
A tarde cai na fresca solidão.
O chão negro faz da lua bordão
Qual tinta clara numa tela suja...
Ao longe vem a noite... É Verão!
O campo dorme num lento serão;
Coaxam as rãs, pia triste a coruja...
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