quinta-feira, 19 de novembro de 2020

O TEMPO



 Ninguém, por mais que lute mansamente,
O tempo deterá no seu caminho.
Finda, renasc' o tempo num repente,
Das próprias cinzas faz o próprio ninho!

O tempo vai passando pela gente,
Tão leve, tão subtil, tão de mansinho,
Que quase não se nota nem se sente:
O tempo  nasce e morre caladinho.    

Passa por nós o tempo infinitivo,
Ninguém percebe o seu correr esquivo.
Ri-se de nós... a ninguém sorri!

Ai! O tempo inviso vagabundo!
Só ele goza este prazer jucundo
De nos fazer correr atrás de si...

Modesto




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