Senhor, Tu que tens a luz d'alegria,
Vê este cego sem rumo nem emenda!
Vivo entre a tempestade e a tormenta:
Cego dos sonhos, louco da poesia.
Este é o meu mal: Sonhos e poesia
Que são força desta vida sofredora:
Carrego-os na alma p'la vida fora
E fazem-me viver em melancolia.
Cego e louco, neste mundo amargo,
Que até parece um caminho largo,
Na realidade, ele é muito curto!
Vivo entre alento e agonia,
Carrego as penas qu'apanhei num surto...
Ajuda-me a encontrar a alegria!
Modesto
domingo, 30 de outubro de 2011
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POESIA
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